Blogoterapia

Pra quem já viu “Julie and Julia” sabe do que eu estou falando. Pra qualquer cidadão blogueiro, ou aquele que apenas se permite aventurar-se nesse mundo cybernético de blogs, também sabe.

O título do post, de palavra não encontrada ainda no Aurélio, mas de significado facilmente traduzido na sua essência vêm de experiência própria que adquiri e é muito bem retratada nesses meus últimos 38 posts que compõem o primeiro ano de vida do meu primeiro blog. De fato, um pouco menos que 38 compõem o primeiro ano de vida do blog, mas a questão é que me empolguei tanto nas escrituras, no juntar das letras e no dançar das palavras que não notei o primeiro aniversário, que passou assim, despercebido.

Foi no dia 28 de junho de 2009. Sorrisos largos, enfim, criou seu espaço no mundo.

Alguns dias antes do nascimento, sua concepção. Com os dedos no teclado e ninguém do outro lado para ler as palavras, junto de uma crise de identidade dos 20 anos, surgiu o “Quem sou eu...” Certo que a filosofia havia vindo bem antes, mas a hora era aquela, o sentimento gritando dentro de mim fez-me escrever o primeiro texto, que foi conhecido primeiramente ao cidadão que me perguntou quem eu era: no Orkut, as primeiras palavras foram publicadas.

Apesar de ter sido o post primogênito, até hoje o considero o melhor dentre todos os 38 e alguns mais já escritos. Dentro de alguns dias mais tarde, incentivada por alguns colegas blogueiros, leitores, e até amigos de amigos que jamais conheci de fato, a luz veio a “sorrisos”, que desde o primeiro dia, nunca deixou de ser largo.
E ali escrevi. Aquele espaço aceitava tudo. Aceitava-me do jeito que fosse. Feliz ou triste. Legal ou chata. E escrevi muito. Sobre mim. Sobre você. Sobre vocês. Sobre nós. Sobre eles. Sobre desejos. Sobre desilusões. Sobre esperança. Sobre lágrimas. E mais raramente sobre sorrisos.

Percebi em pouco tempo o quanto eu escrevia melhor quando eu precisava gritar algo preso em mim. Sobre o quanto eu escrevia melhor apenas quando eu sentia-me preparada. Quando as idéias tinham se encaixado, e eu conseguia organizá-las até mesmo no pensamento. Quando, de certa forma, eu já havia as aceitado, e precisava reafirmar isso.
E se escrever sobre sorrisos largos era raridade, não era por faltar sorrisos largos, mas por não sentir a necessidade de falar deles. Então se sentir minha ausência de palavras nesse espaço espetacular chamado blog(terapia), não se preocupem em demasia, mas nem tão pouco. E só venha compartilhar comigo. É por que os sorrisos no momento não estão mais em falta!


“Se escrevo o que sinto, é porque assim diminuo a febre de sentir”
(Fernando Pessoa).

Comentários

  1. É isso ae!!!
    Antes de um exercícoo da minha profissão, o blog é uma verdadeira terapia, um divã compartilhado com inumeras pessoas.
    E parabéns por um ano e um pouco mais do seu blog!!

    Bjos

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  2. Com certeza blog é uma terapia, mas quando não existem cobranças, o bom é escrever quando vem a vontade e as idéias...
    É natural e aí que fica bom...

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