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Mostrando postagens de 2011

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"Me sinto só. Mas quem é que nunca se sentiu assim?" Nos últimos meses, estou me sentindo sufocada . Passo praticamente o dia todo sem falar com amigos. Isso está simplesmente me levando a loucura. Às vezes telefono pra alguém, mando um e-mail, pra descontrair, falar com alguém. Preciso ver gente diferente, preciso abrir minha mente. Não que não tenha pessoas onde eu trabalho. Pois tem. Mas não posso expor todas as minhas opiniões para elas tal qual para outras. Elas não querem crescer, não possuem essa ambição, exercem suas funções e pretendem fazer isso até a vida não mais as permitir. Eu quero alguém que me entenda. Que queira crescer. Que concorde comigo quando eu achar que alguém agiu errado, mas que também me dê um tapa na cara quando a errada fui eu. Alguém que diga "você devia tentar, você consegue", ou "Danny, você tá onde você deveria estar, sossega!". Esse feriado me ajudou a repensar sobre o que eu quero. Sobre pra onde quero crescer e do po

Um mimo por dia!

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Que falta que nos faz um mimo por dia...   É aquele bom dia gostoso de se falar, é a balinha que você ganha no restaurante, é o bom dia do cobrador do ônibus, é o ‘como vai?’ verdadeiro e sem pressa. É o abraço apertado e a carona amiga. Não faz muito tempo, comecei a trabalhar em restaurantes. E de lá pra cá aprendi e percebi que é nos mimos que se esconde o segredo. Você e seu colega de trabalho podem produzir exatamente o mesmo resultado, mas o mimo... aaaaah, é o mimo que vai diferenciá-los. Quem sabe que agradar faz bem, que cativa, vai se esforçar pra deixar um pedacinho de mimo. Aquele pedacinho de papel no prato. A florzinha na entrada, e o cafezinho na saída. O bolo entregue com sorriso e felicidade. Álias, ainda no mesmo tema, mas mudando um pouco de vertente. Por que as pessoas fazem tão mal o que elas fazem. São vendedoras estúpidas, são telemarketing grosseiros, são administradores que procuram fazer sempre o menor trabalho possível, e   não o melhor, e por aí vai. Somos d

Ao direito de sentir raiva

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Dia a dia passamos por situações de estresse e violência e ainda ouvimos dizer o quanto precisamos nos acalmar e nos sentir em paz e saber perdoar. Sim, sabemos disso. Mas eu tenho o direito de sentir raiva. Preciso sentir pra ao menos tentar aceitar. Preciso falar tudo o que eu acho, preciso gritar a injustiça diária que passamos, gritar que o mundo está errado e as pessoas do avesso. Após o acidente, fiquei muito brava com o condutor do veículo que bateu no nosso. E essa raiva voltava a cada dificuldade em cortar um pedaço de carne e de ter que trocar de roupa ou fazer curativos, ou a cada dor que eu senti durante esse processo ou cada entrevista que tive que desistir e empregos que vi passar. Senti raiva por que minha família estava passando dificuldades por conta disso. Senti raiva por que estamos sem carro até hoje. Senti raiva por que precisei ficar esperando 4 horas no hospital pra ser consultada de pé em menos de 5 minutos. Senti raiva a cada cidadão que me deixou viajar de

Sobre as estatísticas da vida.

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Bem que a nossa vida poderia ser cheio de estatísticas. Seria tão mais fácil. Você conhece uma pessoa bacana e com alguns clicks imaginários, ali está: 60% sincero, 40% romântico, 80% galinha, 59% inteligente, 78% esperto, 35% bom dançarino e 65% compatível. Você procura uma pessoa bacana pra dividir um apê. Pronto, facilidade. 99% bagunceira, 89% irresponsável e 57% não confiável. Pronto, tá fora. Quer um empregado novo? Vamos lá. Cursou 34% das aulas, 45% confiável, 30% pró-ativo e 60% preguiçoso. Foooooora! Acordou, foi pro metrô, olhou pra porta: 97% cheio. Passo esse, hein. Prestar vestibular? Facilidade! Primeiro, que curso? Medicina? 30% de compatibilidade, 70% futuro promissor, 90% dificuldade. Nutrição? Melhor não comentar! Hahaha... Chances em faculdades? Usp 60%, Unifesp 89%, Unesp  73%. Alternativa correta da prova? 75% alternativa C! Huuuuuuuuuum, pensando bem. Não daria tão certo não! Seria, na verdade, tudo muito chato. Conhecer alguém e já saber que não vai dar certo

Linhas tortas

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Ao ver fotos antigas, estava pensando em como tudo foi tão bom e tão certo. As pessoas que conheci na infância, algumas com quem ainda falo, algumas falei só de passagem, outras nem sei mais onde estão. As idas e vindas do colégio, 1 hora e meia de ônibus, mais o curso técnico, as brigas, as festas, as provas e o tcc. E o desejo profundo e infinito de estudar na tão aclamada e desejada USP. É, eu também achava. Eu também queria. Até descobrir que o que destino nos guarda as vezes é muito melhor. Sempre fui contra achar que tudo depende do destino. Mas existem acontecimentos que só podem ser coisa desse velho conhecido. Eu sempre quis estudar na USP, até estudar na Unifesp e descobrir que o mais difícil e trabalhoso pode ser o melhor. Morar sozinho... Aaaaaaaaaaaaaaaaah, a saga de morar sozinho. Sofrer limpando banheiro, lavando louça, e fazendo a própria comida! Crescer! E ter a liberdade de se descobrir você mesmo! Quem é você quando seus pais não estão por perto, ou quando ninguém v

A Arte de Escrever com a Luz

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Pode até ser pela descendência oriental, mas eu duvido que seja apenas isso. A verdade é que a fotografia me tomou pelas mãos, clicks e flashes, e eu correspondi inteiramente com milhares de jpeg’s em imagens, imagens e imagens. Amigos, comida, brincos, colares, lugares, teto, chão, sapato, gato, cachorro, passarinho, mar, areia, terra, festa,  cupcakes, carros, árvores, esmalte, lâmpada, latas, sim... eu fotografo tudo. Tudo que vejo e acho q ficaria legal daquele ângulo, com aquele foco, e aquelas cores. Uma vez já disse aqui que discordo que fotografias roubam almas... As fotografias apenas pegam emprestados os sentimentos do momento e levam para seus futuros observadores. Felicidade, alegria, conversas, sorrisos, tristeza, agonia, solidão, amor, nostalgia. Aaaaaaaaaaaah, a nostalgia. Se viver é relembrar, viver também é fotografar. Toda passagem importante da vida tem um álbum. Pode ser o do bebê, das formaturas ou de casamento. Dos chás de cozinha ou simplesmente daquela viagem

De esquerda

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Todo destro que já passou uma semaninha de gesso, sabe a dificuldade de cumprir seus afazeres diários de esquerda. Agora tente por 4 semanas. É o tempo que estou. Completarei essas 4 semanas amanhã, e sinceramente, a sensação de tentar fazer as coisas mais fáceis e bobas, como se vestir ou picar algum alimento no seu prato, é de incapacidade. A verdade que se descobre é que somos todos tão pequenos. E não só de braço esquerdo estou vivendo ultimamente, mas também mudei de lado no serviço de saúde. De profissional para paciente. De visita hospitalar para internado. E aí entende que até um braço quebrado pode lhe fazer muito mal se você estiver sob ação de fortes medicamentos. Entende também que mesmo todos os serviços serem SUS, a diferença de um para outro é gritante, e que o respeito por parte de seus funcionários e autoridades hospitalares é o que faz a maior diferença dentre eles. Aguardar em pé a consulta, e ao entrar no consultório, verificar que não existe uma cadeira para se

Graduada

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É inexplicável a sensação de dar passos em direção ao palco, de beca, salto e capelo em mãos. É, praticamente, inacreditável. Você começa caminhando a procura constante da família, sobe, senta-se e pensa consigo mesmo: WOW! Eu to mesmo aqui! É uma mistura de “cumpri minha obrigação”, “chegou a hora de caminhar por si só” e “não quero dizer tchau”. Ainda mais quando você sabe que a Danny que está se formando cresceu muito nos últimos 4 anos, junto de outras pessoas que saíram ainda bobinhas e perdidas do aconchego da família e juntas e ainda sem muito conhecer uns aos outros, aprenderam que responsabilidade não precisa vir com seriedade. E que alegria é fundamental. Aprendeu ainda que muito do que você sabia não servia pra nada, e que aprender a conviver é a lei da vida pra qualquer profissão. Que confiar é importante. Mas nunca de olhos fechados. E que é vergonhoso e memorável sair de amarelo na rua! Vivi, e convivi. Ri. Chorei. Tive crises financeiras, de estresse, TPM, tcc e em